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Região Sul registra queda no total de fusões e aquisições em 2022, diz KPMG

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A região Sul do Brasil registrou 203 operações de fusões e aquisições em todo o ano passado, desempenho 31,6% menor do que em 2021, encerrado com 297 transações. O número de operações nos três estados do Sul corresponde a 11,7% das 1.728 negociações realizadas entre janeiro e dezembro de 2022 em todo o país. São Paulo lidera nacionalmente, com 1109 transações, atingindo sozinho 64% do total nacional.

Os dados constam na pesquisa da KPMG realizada trimestralmente sobre fusões e aquisições. Segundo o relatório, foram realizadas 73 operações em Santa Catarina, 72 no Rio Grande do Sul e 58 no Paraná em todo o ano de 2022.

“Apesar do ano bastante desafiador e das incertezas no cenário internacional, as empresas do sul seguiram atraindo investimentos, com destaque para setores estratégicos em âmbito nacional. Mais uma vez, é frequente a presença de empresas de tecnologia e telecomunicações compondo grande parte dessas transações. Para os próximos meses, a tendência é que a região possa registrar mais negócios com a possível melhoria da economia”, analisa o sócio de mercados regionais da KPMG, João Panceri.

Região Sul 2022 2021
Santa Catarina 73 98
Rio Grande do Sul 72 78
Paraná 58 121
Total Sul 203 297

De acordo com o levantamento, a maioria das transações (166) realizadas no ano passado envolveu empresas domésticas. Outras 35 operações foram realizadas no formato CB1, quando uma companhia estrangeira investe capital no Brasil, e duas como CB2, modalidade em que uma empresa brasileira adquire de estrangeiros.

Sobre os setores que mais fizeram transações na região Sul, a pesquisa apontou que empresas de internet lidera o ranking com 52, seguida por tecnologia da informação, com 46, e prestadoras de serviços, com 17. A outra metade das operações (88) está pulverizada em 40 setores distintos.

Companhias de internet, São Paulo e operações domésticas são os destaques:

A pesquisa da KPMG também revelou que o número de fusões e aquisições ao longo de 2022 registrou queda de 12% na comparação com 2021. De janeiro a dezembro de 2022 foram 1.728 negociações. Apesar da baixa, esse desempenho representa o segundo melhor ano da série histórica.

“O ano de 2022 foi o segundo mais forte em nossa série histórica, elaborada desde 2003. Apesar disso, observou-se uma redução gradativa no número de transações desde o primeiro trimestre. O principal motivo para essa queda foi a redução do apetite dos investidores por empresas de tecnologia, que têm historicamente contribuído com a grande maioria do número de transações. Outros motivos que justificam essa queda foram a piora do cenário econômico internacional e o aumento das incertezas de médio e longo prazo no cenário econômico local, acentuado no segundo semestre do ano”, analisa Luís Motta, sócio líder de Fusões e Aquisições Proprietárias da KPMG no Brasil.

Com relação aos setores que mais realizaram operações no ano passado, além das instituições financeiras, os destaques foram as companhias de internet, que lideraram com 640 transações, e tecnologia da informação, com 268. Dos estados brasileiros, São Paulo aparece na lista com 1.109 negócios fechados, seguido por Minas Gerais com 130 e por Rio de Janeiro com 106.

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