Renda Variável sai de cena nas recomendações de investimentos do Santander para o mês de maio

A expectativa de postergação no corte na taxa de juros, somada à alta volatilidade da bolsa brasileira, fizeram com que a renda variável perdesse espaço na Carteira Modelo do Santander em maio. No ano, até abril, a bolsa brasileira acumula perda de 4,9%.

Segundo Arley Junior, estrategista de Investimentos do Santander, o nível elevado de incertezas e juros alto não mostra no curto prazo um movimento mais positivo para a bolsa.

“Ao longo do mês esperamos que uma evolução na nova regra fiscal ajude a reduzir o nível de incerteza, o que pode diminuir a aversão ao risco”, acredita o especialista.

No entanto, no mês passado, o Ibovespa fechou com alta de 2,5%, principalmente devido ao ânimo momentâneo do mercado com dados da inflação, que vieram abaixo do esperado. Por isto, o portfólio de indicações mensais de investimentos do banco traz como indicações os fundos multimercados que, devido a maior liberdade dos gestores, conseguem capturar movimentos específico do mercado, como o deste mês, com maior agilidade.

Por outro lado, produtos atrelados à inflação ganham destaque nas recomendações de maio. Segundo Arley, embora o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março tenha vindo abaixo da expectativa, o núcleo da inflação segue persistente e mostra certa dificuldade em ceder. Por isso, investimentos como COE IPCA Alta Ilimitada, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e debêntures incentivadas atreladas ao IPCA – que além de proteger o portfólio da inflação ainda possuem isenção de imposto de renda para pessoa física – entram nas indicações.