O valor corresponde a R$ 0,155 por ação e considerando a quantidade de e 956.120.103 ações ordinárias.
Em comunicado, as Lojas Renner informou que aprovou o pagamento de R$ 150 milhões em juros sobre capital próprio. O valor a ser distribuído corresponde a R$ 0,155 por ação.
De acordo com informações, terão direito aos proventos os acionistas detentores de ações em 25 de junho de 2024. Dessa forma, a partir do dia seguinte, 26, as ações passam a ser negociadas “ex-JCP”.
O pagamento será realizado em 9 de julho de 2024, com base na composição acionária de 30 de junho.
Renner registra queda de 11% em duas sessões consecutivas
Após a XP Investimentos rebaixar a ação da Lojas Renner (LREN3) de compra para neutra, citando desafios macroeconômicos e de clima que podem dificultar o crescimento e a expansão de margens da varejista. Assim, o JPMorgan adotou uma perspectiva mais otimista. O banco reiterou sua recomendação overweight para o papel, indicando uma exposição acima da média do mercado, o que equivale a uma sugestão de compra.
Apesar de fazer um ligeiro corte no preço-alvo, passando de R$ 17 para R$ 16,50, o JPMorgan mantém sua confiança no potencial de valorização da empresa. Isso sugere que, apesar dos desafios mencionados pela XP Investimentos, o JPMorgan continua vendo oportunidades de crescimento e valor no futuro da Lojas Renner.
As análises contrastantes destacam a complexidade do mercado e a importância de considerar diversas perspectivas ao tomar decisões de investimento.
Segundo o banco, as preocupações dos investidores com as tendências de receita em meio às enchentes no estado do Rio Grande do Sul exacerbaram a queda de cerca de 11% nos últimos dois dias. e a um clima atipicamente quente. Esse cenário representa obstáculos para a coleção de inverno e pode levar a novas decepções na receita e na margem.
Visibilidade dos impactos
Embora a visibilidade dos impactos de longo prazo ainda seja incerta, o JPMorgan destaca que a principal região de vendas da Renner é o Sudeste, que abriga cerca de 50% das lojas. Nas próximas semanas, as temperaturas devem, portanto, se normalizar nessa região. Enquanto, o Rio Grande do Sul representa apenas 11% do total de lojas.
Analistas observam que os estoques estão bem ajustados e que uma estrutura logística mais eficiente está em vigor. A otimização provavelmente não causará erosão na margem bruta. Já que os volumes de liquidação, no entanto, devem ser limitados.
O JPMorgan observa que a Renner tem mantido os preços abaixo da inflação ao longo do último ano, com melhorias na execução nas lojas para destacar sua proposta de valor e melhorar a percepção de preço. Além disso, a empresa implementou várias iniciativas de eficiência. E, ainda, provavelmente adotará uma postura menos restritiva no crédito, o que pode potencialmente impulsionar as vendas.
Vendas e Ebitda
Além disso, o banco americano ressalta que as vendas de junho continuam cruciais para o trimestre, e a atividade de vendas pode se fortalecer com a possibilidade de um clima mais frio.
Olhando para o futuro, o JPMorgan revisou, no entanto, para baixo o Ebitda ajustado em 7% para 2024 e 5% para 2025.
Por fim, os analistas do banco americano veem a relação risco-retorno da Lojas Renner inclinada para um desempenho positivo. A análise de sensibilidade sugere que, aos preços atuais, as operações no Rio Grande do Sul foram descartadas pela empresa.
Por outro lado, a XP Investimentos também expressa preocupações sobre a rentabilidade da Lojas Renner. Destacando que a varejista já iniciou o processo de remarcação de SKUs de inverno.
Isso, combinado com um mix de produtos que tende a ser mais leve e acessível, provavelmente limitará a expansão da margem bruta. Além disso, na visão da corretora, o desempenho mais fraco da receita deve exercer pressão sobre a margem Ebitda da empresa.