O Governo central surpreendeu o mercado após registrar um superávit de R$ 16,5 bilhões em abril. Isto é, o resultado fiscal veio acima dos R$ 10,5 bilhões esperado pelo mercado. Dessa forma, o dado positivo se origina no superávit de R$ 35,3 bilhões do Tesouro Nacional, sendo parcialmente compensado pelo déficit de R$ 18,7 bilhões da previdência social.
Assim sendo, no acumulado desse ano as contas do governo são positivas em R$ 41 bilhões. Portanto, bem melhor que o déficit de R$ 95,9 bilhões do mesmo período de 2020.
Projeções para a economia brasileira
De acordo com relatório do Inter Research, a instituição acredita que a dívida bruta ficará em 85% do PIB no final do ano. Rafaela Vitória, economista-chefe e Daniel Arruda, que assinam o relatório, disseram que a melhora da DBGG se deve aos sucessivos recordes na arrecadação tributária.
“Por fim, os dados positivos da recuperação da atividade econômica e a maior inflação sugere crescimento nominal do PIB próximo de 12%, o que contribuirá para a redução do indicador da dívida em relação ao PIB até o fim do ano.”
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disseram os analistas.
Contudo, enfatizam que mesmo com a melhora, o quadro fiscal ainda é preocupante. De acordo com o Inter Research, “devemos ter a combinação entre o PIB crescendo a taxas mais moderadas com o déficit primário ainda estruturalmente elevado”. Além disso, pontua que a normalização da política monetária irá contribuir para a elevação dos juros reais. Assim sendo, o déficit nominal irá aumentar também.
“Dessa forma, o avanço consistente da sustentabilidade fiscal ainda requer a aprovação de reformas estruturais, atualmente em discussão no Congresso, que permitam a contenção de despesas relevantes e melhora das condições para o crescimento econômico sustentado nos próximos anos.”
finalizaram a economista-chefe, Rafaela Vitória, e o analista, Daniel Arruda, do Inter Research.
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