- Lula reafirma compromisso com a indústria naval brasileira em evento em Niterói, segundo O Estado de São Paulo.
- Demissão de Jean Paul Prates da Petrobras levanta críticas por lentidão em projetos.
- Sete Brasil enfrenta falência, com apenas 4 de 28 navios concluídos.
- Motivações políticas nos projetos são sugeridas por Antonio Palocci.
- Estaleiros brasileiros enfrentam falta de demanda.
- Custos mais altos da construção naval no Brasil geram preocupações.
- Revitalização da indústria naval é desafiadora, exigindo equilíbrio entre políticas, economia e viabilidade comercial.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o ex-presidente Lula reiterou seu compromisso com a recuperação da indústria naval brasileira em um evento recente em Niterói (RJ), enfatizando sua importância estratégica. A demissão de Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras, suscitou críticas sobre a lentidão na concretização dos projetos relacionados ao setor.
O fracasso da Sete Brasil, empresa criada em 2010 para coordenar a construção de navios-sonda para o pré-sal, é emblemático dos desafios enfrentados. Dos 28 navios planejados, apenas quatro foram concluídos, enquanto a empresa enfrentava investigações de corrupção.
A reportagem também dá conta das revelações de Antonio Palocci sugerem motivações políticas por trás dos projetos, apontando para objetivos de nacionalização da indústria naval e financiamento de campanhas políticas.
A falta de demanda nos estaleiros brasileiros é um obstáculo adicional. Dos 48 estaleiros no país, seis estão desativados e nove operam sem projetos. Notavelmente, os dois maiores estaleiros, Enseada na Bahia e Atlântico Sul em Pernambuco, estão entre os inativos, representando 40% da capacidade instalada.
Embora a Petrobras seja o principal cliente, os custos mais altos da construção naval no Brasil em comparação com o exterior são uma preocupação. Lula continua a defender investimentos nacionais, apesar dos desafios evidentes.
Demissão de Prates
A Petrobras anunciou na noite da última terça-feira (14), que recebeu de seu presidente, Jean Paul Prates, um pedido ao Conselho de Administração. O pedido formalizava a vontade de Prates em se reunir com o Conselho para discutir o encerramento antecipado e negociado de seu mandato.
Lula demitiu o presidente Jean Prates na noite neste mesmo dia. No entanto, em comunicados oficiais enviados aos investidores, a Petrobras afirmou que a saída ocorreu “a pedido” e de “forma negociada”.
Prates comunicou que, uma vez aprovado o encerramento antecipado de seu mandato, assim, ele planeja apresentar sua renúncia como membro do Conselho de Administração da Petrobras.
“Adicionalmente, o Sr. Jean Paul informou que, se e uma vez aprovado o encerramento indicado, ele pretende posteriormente apresentar sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração da Petrobras”, afirmou o comunicado.
Ainda, na terça-feira (14), Prates não participou da teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre. Em vez disso, ele exibiu apenas uma mensagem gravada.