Considerada a maior exposição da indústria automobilística do Brasil e uma das maiores da América Latina, o Salão do Automóvel, em São Paulo, que abriu as portas nesta quinta-feira (8), trouxe inúmeras inovações tecnológicas que convergem com o programa Rota 2030. O evento ocorre a cada dois anos com o objetivo de mostrar as novidades do mundo automobilístico, expondo carros, equipamentos e acessórios no País. A 30ª edição do evento vai até o dia 18 deste mês, no Expo Exhibition & Convention Center.
Futuro será da mobilidade, não mais empresas de “automóveis”
Para o coordenador regional da Toyota na América Latina e Caribe, Luiz Carlos Andrade Júnior, as tecnologias presentes no salão demonstram a transformação no setor automobilístico.
“Esqueça a empresa que apenas fabrica automóveis. Pense em uma empresa de mobilidade e nas modalidades que vão preencher o nosso futuro. É nisso que estamos concentrando agora, em nosso desenvolvimento e pesquisa”, apontou.
Como exemplos de novas tecnologias, o coordenador regional da Toyota citou o carro baseado em inteligência artificial, exposto no Salão do Automóvel.
“O Carro prevê e antevê problemas de proximidade com o carro da frente, proximidade com o trânsito que ele tem atrás, as laterais, as motos, os pedestres, qualquer obstáculo ao percurso desse carro vai estar imaginado”, explicou.
Rota 2030
Durante a solenidade de abertura da exposição, nesta quinta-feira (8), o presidente da República, Michel Temer, assinou o decreto que institui o Rota 2030, que traz um novo regime tributário para as montadoras de veículos no Brasil, com a contrapartida de investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos e tecnologias. “Nosso governo está e continuará ao lado desta indústria que é essencial para o desenvolvimento do Brasil. Exemplo de nosso compromisso é o Rota 2030”, ponderou.
O programa vai permitir avanços na produção de automóveis mais modernos, com uso, por exemplo, de baterias elétricas, o que pode contribuir para reduzir a poluição com a diminuição do uso dos combustíveis fósseis e se alinhar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antônio Megale, ressalta que, com a previsibilidade do programa, o Rota 2030 traz organização para o setor. “Nós somos um setor que fazemos investimentos a longo prazo. É muito importante que, quando a gente comece a trabalhar num projeto novo, a gente saiba quais serão as regras vigentes quando esse produto for para o mercado”, disse.
Já para Gustavo Bonini, diretor de Assuntos Institucionais e de Assuntos Governamentais da Scania, o programa Rota 2030 permitirá que o setor, no Brasil, entre na rota do desenvolvimento tecnológico e sustentável. “É a primeira vez que a gente tem um programa que consegue enxergar acima de 15 anos. Não se fala em investimento em tecnologia para um, dois, três ou quatro anos. Isso não existe. Então, trazer previsibilidade eu acho que está bem alinhado ao ciclo de desenvolvimento que o País passa”, ponderou.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do Planalto