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Salário de R$ 42 mil: mais um petista ganha cargo em estatal

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O ex-governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, foi nomeado presidente da estatal Emgea, vinculada ao Ministério da Fazenda. A indicação veio do Palácio do Planalto.

Fernando Pimentel assume presidência da Emgea

O ex-governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, foi nomeado presidente da estatal Empresa Gestora de Ativos (Emgea), vinculada ao Ministério da Fazenda. O nome de Pimentel foi aprovado pelo conselho de administração na semana passada. Ele receberá uma remuneração mensal de R$ 42.827,16, conforme dados disponíveis no site da empresa.

Criada em 2001, a Emgea é responsável por administrar créditos podres da Caixa Econômica Federal originados na década de 90.

Os planos do governo Bolsonaro envolviam a liquidação da empresa, com a venda de parte de sua carteira de ativos e a transferência do restante para o próprio banco estatal.

A indicação do nome de Pimentel partiu do Palácio do Planalto. No dia 28 de março, ele se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já como presidente da Emgea.

Filiado ao PT, Pimentel foi ministro do Desenvolvimento da ex-presidente Dilma Rousseff e governador de Minas Gerais. Sua administração enfrentou dificuldades financeiras e atrasos no pagamento de salários. Pimentel também teve seu nome envolvido em acusações de corrupção, mas o inquérito foi arquivado por falta de provas em 2020.

A Lei das Estatais proíbe a participação de pessoas que participaram de campanhas eleitorais em cargos de comando. No entanto, a situação de Pimentel gera divergências entre especialistas.

Alguns entendem que, como ele foi candidato e não coordenador da campanha, não haveria empecilho. Esse trecho da lei está suspenso por uma liminar do ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski.

A nomeação de Fernando Pimentel como presidente da Emgea indica uma mudança na direção da empresa estatal. A escolha do ex-governador de Minas Gerais pode levar a uma revisão dos planos de liquidação da empresa e à busca de uma solução diferente para a gestão dos créditos podres da Caixa Econômica Federal.

O desempenho de Pimentel à frente da Emgea será acompanhado de perto, especialmente devido às polêmicas envolvendo seu passado político e administrativo.