O Santander (SANB11) apresentou um lucro líquido de R$ 2,204 bilhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), representando um aumento anual de 30%. Contudo, apesar desse crescimento, as ações do banco figuraram entre as maiores quedas do Ibovespa no dia de divulgação dos resultados. Às 14h05, os papéis recuavam 2,19%, sendo cotados a R$ 28,56.
A reação negativa do mercado às ações do Santander pode ser atribuída ao lucro abaixo das expectativas. O consenso do mercado, compilado pela Bloomberg, previa um lucro de R$ 2,8 bilhões para o período. Esse resultado mais modesto foi impactado principalmente por perdas de crédito nas operações com grandes empresas, apesar do aumento significativo da receita da companhia, que alcançou R$ 19,535 bilhões — um avanço anual de 11%.
Análise dos Resultados e Perspectivas Futuras
Ainda que os números tenham vindo abaixo das estimativas, analistas do mercado financeiro, como os do Safra e do BB Investimentos, veem aspectos positivos nos resultados operacionais do Santander. O banco demonstrou melhores tendências de receitas, impulsionadas especialmente por bons resultados com cartões e seguros, apesar da volatilidade na formação de crédito não produtivo (NPL).
Os analistas do Safra destacam que a melhora nas receitas é um sinal positivo para o setor bancário como um todo, considerando que as receitas foram uma grande decepção no terceiro trimestre para os bancos. O BB Investimentos, representado por Rafael Reis, mantém uma visão otimista para o Santander em 2024, excluindo a questão da inadimplência, que foi o ponto baixo do resultado do quatro trimestre.
Recomendações de Investimento
O Safra mantém uma recomendação neutra para SANB11. Por outro lado, o BB Investimentos sugere compra, com um preço-alvo de R$ 33,80. A expectativa é de que o mercado assimile melhor os resultados ao considerar as tendências subjacentes de crédito, margens e inadimplência. Reis, do BB, vê um mix de melhorias em algumas tendências, apesar de ligeiras decepções em algumas métricas, mas considera que não são suficientes para mudar a recomendação de compra atualmente.
Desafios e Oportunidades
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O índice de inadimplência do Santander, que atingiu 3,1% no 4T23, representa um desafio, ainda que marginal. Reis do BB vê esse aumento na inadimplência como passageiro, especialmente considerando o estabelecimento de um mix de crédito mais conservador pelo banco.
As projeções para 2024 indicam que o Santander pode se beneficiar de um contexto de queda na Selic e projeções de melhoria na inadimplência para a indústria como um todo. Adicionalmente, os custos de captação devem cair, e o mix deve se tornar mais rentável. Por outro lado, persistem dúvidas sobre a estrutura de custos do banco, que está pressionada e sem sinalizadores claros de melhoria, exceto por uma convergência baixista da inflação sobre os índices de reajustes de despesas.
Investimentos em 2024
A S&P Global Ratings, reconhecida agência de classificação de risco, elevou recentemente a nota de crédito do Brasil, refletindo uma combinação de melhorias e desafios na economia do país. Este fato vem em um contexto de um ano de 2023 marcado por incertezas e alta volatilidade no mercado. Especialistas estão apontando para os setores bancário e tecnológico nos EUA, bem como os setores financeiro e de commodities no Brasil, como sendo os mais proeminentes e promissores.
Olhando para 2024, analistas do mercado financeiro estão demonstrando otimismo, antecipando um possível novo ciclo de alta na bolsa de valores. Há uma atenção especial para a queda dos juros e a sólida performance de empresas listadas no Ibovespa. Além disso, as criptomoedas estão emergindo como opções de investimento cada vez mais atraentes, capturando a atenção de investidores por sua potencialidade.
Os especialistas também ressaltam a importância de se manter atento às tendências globais e à evolução dos mercados financeiros. Eles enfatizam a diversificação de investimentos como uma estratégia chave para navegar com sucesso em um ano que promete ser repleto de oportunidades e crescimento. A mensagem é clara: estar bem informado e diversificar são essenciais para aproveitar ao máximo o potencial de 2024 no mundo dos investimentos.
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