O Brasil conta hoje com 11.651 startups. É o que mostra o relatório “Inovação em Movimento: um mapa sobre as startups no Brasil em 2023”, realizado pela Cortex, referência em inteligência de vendas B2B na América Latina, com apoio da Endeavor. O estudo mostra que 30% estão na cidade de São Paulo. Rio de Janeiro e Belo Horizonte completam o trio de cidades que colocam a região Sudeste no topo de cidades com mais startups. Curitiba e Porto Alegre, quarto e quinto lugares, somam 770.
Leonardo Rangel, Co-Founder da Cortex, explica a importância das startups para a economia e a sociedade. “Elas são aquelas organizações criadas com a possibilidade de se tornarem muito maiores em pouco tempo. É claro que pode dar errado. Esse é um risco inerente a empreender. Mas se der certo, uma startup tem um retorno muito grande, não só financeiramente para seus sócios, mas também em relação ao impacto que pode causar na sociedade ao resolver um problema ou uma dor que afeta muitas pessoas ou empresas. Além disso, são um potente motor para a economia do país pelo potencial que têm de gerar inovação, competitividade e criação de riqueza”.
Abertura de startups cai pelo quinto ano consecutivo
Embora o país tenha passado, em 2020 e 2021, por grandes investimentos nesses negócios, o cenário não se refletiu na abertura de startups. Ao contrário, houve uma queda no número de novos CNPJs desde 2018. Em 2022, o país registrou o menor número de novas empresas abertas, apenas 103, o que representa 40% menos do que em 2021.
“O ecossistema de empreendedorismo em todo o mundo é fruto de um ambiente muito veloz e plural. Cada mercado e setor conta com particularidades e ao pensar no Brasil, temos um cenário amplo e cheio de oportunidades, mesmo nos momentos de baixa. O estudo mostra um número menor de novas empresas, mas entendemos que tão importante quanto novas empreendedoras e empreendedores no país, é que as empresas que já existem continuem crescendo e multiplicando o seu alcance. Quando uma startup atinge uma comprovação do seu modelo de negócio, está num momento de inflexão de crescimento, o que chamamos de scale-up. Ela não apenas cresce, mas contribui com o país, aumentando a inovação de produtos e serviços, gerando mais e melhores empregos. Empreender deve carregar o sentido de escalar e ajudar que o ecossistema também se desenvolva”, comenta Andressa Schneider, head de insights na Endeavor Brasil – rede global de apoio à empreendedoras e empreendedores à frente das maiores scale-ups do mundo, entre elas a Cortex.