- Copom mantém Selic: Taxa básica de juros fica em 10,5% ao ano.
- Fim do ciclo de cortes: Iniciado em agosto de 2023, com sete reduções totalizando 3,25 pontos percentuais.
- Inflação em alta: Projeções do Boletim Focus indicam aumento nas expectativas de inflação para os próximos anos.
- Meta de inflação: Governo Lula estabelece meta contínua de 3%, com tolerância de 1,5% a 4,5%.
- Crítica política: Presidente Lula critica jantar em homenagem ao presidente do BC, sugerindo benefício dos altos juros para os convidados.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 10,5% ao ano. Com essa decisão, anunciada na quarta-feira (19.jun.2024), o BC finaliza um ciclo de reduções que teve início em agosto de 2023, quando a taxa passou de 13,25% para 12,75%. Desde então, a Selic sofreu sete cortes consecutivos, totalizando uma diminuição de 3,25 pontos percentuais.
A expectativa de manutenção da taxa se deve ao aumento das projeções de inflação para os próximos anos. Segundo o Boletim Focus de maio, a inflação estimada para 2024 era de 3,72%, subindo para 3,90% nas projeções mais recentes. Para 2025 e 2026, as expectativas também aumentaram.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estabeleceu uma meta inflacionária contínua de 3%, com margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou o compromisso do governo em manter essa meta rigorosa.
Em um contexto político relacionado, o presidente Lula criticou um jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao presidente do BC, Roberto Campos Neto. Lula sugeriu que os participantes do evento se beneficiam das altas taxas de juros. O jantar ocorreu após Campos Neto receber uma medalha de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.