O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manteve mais uma vez a taxa Selic em 13,75% ao ano. Apesar de a taxa estar neste patamar desde setembro de 2022, a expectativa é que a Selic comece a diminuir ainda neste ano.
De acordo com projeção da equipe econômica do C6 Bank, a Selic cairá de 13,75% para 12,50% até o final de 2023. A previsão anterior era que a taxa ficaria em 13,75% até o final do ano e só começaria a cair em 2024.
“A taxa Selic se manteve, mas a expectativa do mercado é de queda. Portanto, os títulos já estão precificados com essa expectativa”, afirma Rafael Haddad, planejador financeiro do C6 Bank.
Segundo ele, a expectativa de queda de juros abre uma oportunidade para investir em títulos prefixados de renda fixa. “O investidor que comprar esses títulos agora consegue travar uma taxa alta e ganhar lá na frente, quando espera-se que os juros comecem a cair”, afirma Haddad.
O risco dos prefixados é que se os juros subirem mais que a taxa contratada, o investidor deixa de ganhar com seu investimento.
“É difícil ter certeza do movimento do mercado. Por isso, a melhor recomendação é sempre a de diversificar a composição da carteira de investimentos”, acrescenta o planejador financeiro.
Na hora de comparar a remuneração dos investimentos, é bom colocar no papel que a maioria dos produtos de renda fixa, como CDBs, pagam Imposto de Renda. Nesse caso, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, menor será a tributação que incide sobre o rendimento – a alíquota de IR varia de 22,5% (até 180 dias) a 15% (mais de 720 dias).
Mesmo descontando o IR, a rentabilidade dos CDBs supera com folga a da poupança, principalmente quando a Selic fica acima de 8,5% ao ano, como agora. Quando isso acontece, o rendimento líquido da poupança passa a ser de apenas 0,5% ao mês + Taxa Referencial, enquanto o dos CDBs tende a acompanhar a alta dos juros.
Confira abaixo a rentabilidade líquida de vários produtos de renda fixa calculada pelo educador financeiro do C6 Bank, considerando um cenário em que o dinheiro ficará aplicado por 1 ano:
*Os cálculos foram feitos levando em consideração uma Taxa Referencial de 2,01% ao ano, uma taxa anual do CDI de 12,75%, segundo estimativa da B3 em 2 de maio, inflação de 6% a.a. e alíquota de 17,50% do Imposto de Renda que incide sobre investimentos com mais de um ano.