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Sem gripe, sem dinheiro: Hypera sofre "no bolso" com queda de casos

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A Hypera Pharma, uma das gigantes do mercado farmacêutico brasileiro, enfrentou um dia tumultuado nos mercados após a divulgação de resultados trimestrais que ficaram abaixo das expectativas. As ações da empresa caíram quase 8%, refletindo a preocupação dos investidores com o crescimento fraco do sell-out no terceiro trimestre e a perda de market share.

O desempenho abaixo do esperado no terceiro trimestre foi atribuído em grande parte à temporada de gripe mais fraca, que viu uma queda de cerca de 30% nos casos da doença. Isso teve um impacto relevante nas vendas da Hypera, uma vez que os medicamentos antigripais representam uma fatia significativa das vendas durante esse período, correspondendo a 37%. Além disso, a base de comparação com o ano anterior foi desfavorável, uma vez que o terceiro trimestre de 2022 foi marcado pelo retorno à normalidade após os estágios iniciais da pandemia, quando os médicos prescreviam medicamentos preventivos com mais frequência.

No entanto, a Hypera Pharma não se deixou abalar pela desaceleração nas vendas de antigripais. A empresa conseguiu compensar essa retração com um aumento nas vendas de produtos de skincare e no mercado institucional, embora este último ainda seja uma parte pequena do negócio. A receita gerada pelo mercado institucional no trimestre foi de R$ 119 milhões, e a empresa tem grandes planos de expansão nessa vertical. A expectativa é que o mercado institucional possa gerar uma receita de R$ 400 milhões este ano e crescer substancialmente nos próximos anos, alcançando a marca de R$ 1,4 bilhão.

Durante a chamada com analistas, a empresa revelou que cerca de 2 pontos percentuais de seu crescimento consolidado nos próximos anos devem provir desse mercado em expansão. O CEO da Hypera, Breno de Oliveira, destacou que, nos próximos trimestres, os antigripais não terão tanta representatividade nas vendas, o que deve aliviar a pressão sobre o desempenho da empresa.

Breno de Oliveira também enfatizou a estratégia da empresa em manter o foco na rentabilidade e geração de caixa, evitando entrar em uma guerra de preços em produtos com margens baixas, o que poderia prejudicar a lucratividade da empresa. Essa abordagem conservadora é vista como uma medida prudente para garantir a estabilidade financeira da Hypera em meio a desafios de mercado.

Apesar do trimestre mais fraco, a Hypera Pharma continua exibindo métricas operacionais e financeiras sólidas. No terceiro trimestre, a empresa registrou uma receita de R$ 2,1 bilhões, um EBITDA de R$ 774 milhões e um lucro líquido de R$ 470 milhões. No entanto, esses números não impediram a empresa de revisar para baixo suas projeções para o ano, resultando em um corte de 5% nas estimativas de receita, EBITDA e lucro.

Como resultado desse ajuste nas projeções, o Bradesco BBI rebaixou sua recomendação para as ações da Hypera de ‘compra’ para ‘neutro’ e reduziu o preço-alvo de R$ 51 para R$ 44. Os analistas do banco afirmaram que esse downgrade refletiu a incorporação do novo guidance, que implicou em um EBITDA do quarto trimestre 17% abaixo das estimativas do banco. Além disso, o banco revisou para baixo suas projeções para o lucro da empresa no próximo ano, prevendo um valor 10% menor do que anteriormente estimado.

Olhando para o futuro, um dos desafios iminentes que a Hypera enfrenta é a possível revogação dos juros sobre capital próprio, que atualmente é a forma preferencial da empresa de distribuir lucros aos acionistas. Essa estratégia oferece benefícios fiscais, uma vez que reduz o imposto sobre os lucros da empresa. Qualquer mudança nesse cenário poderia ter um impacto significativo nas finanças da Hypera e requer uma adaptação estratégica cuidadosa.

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