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Small Caps superam superam Ibovespa em momentos de sucessivos cortes de juros, aponta estudo

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Estudo realizado pela Santander Corretora mostrou que historicamente as ações small caps, de empresas com menor capitalização listadas na B3, têm um desempenho melhor que o Ibovespa em momentos de sucessivos cortes de juros.

Em média, o Índice Small Caps (SMLL) subiu 49,5% e 66,5% em 12 e 24 meses, respectivamente. Na mesma base de comparação, o Ibovespa avançou26% e 33%, respectivamente. Foram analisados 9 ciclos de flexibilização monetária a partir de março de 1999.

“O levantamento mostrou que essas ações têm o melhor desempenho logo após o primeiro corte de juros, visto que, em geral, são ações de empresas ligadas à economia doméstica”, afirma Aline Cardoso, responsável pela área de Research e Estratégia de Ações da Santander Corretora.

“A análise levou em conta a probabilidade de que o primeiro corte da Selic ocorra em agosto, setembro ou novembro”, aponta.

Outra oportunidade mostrada pelo estudo é que o Preço/Lucro (P/L) das ações small caps estão sendo negociadas a 10,9x, um desconto de aproximadamente 40% em relação à média histórica, de 11,5x. O P/L das ações é uma métrica que compara a cotação de uma empresa ou índice com o seu lucro por ação (LPA) e serve para avaliar o retorno aos acionistas. “Durante o primeiro corte de juros, quanto maior o desconto, mais forte a recuperação”, mostra o estudo.

Quem deve investir em small caps

Para Arley Junior, estrategista de Investimentos do Santander Brasil, essas ações são recomendadas para investidores com perfil de tolerância ao risco e que querem diversificar seus investimentos.

“A expectativa de juros menores traz mais dinamismo à atividade econômica e maior incentivo ao consumo, favorecendo empresas mais sensíveis ao corte na taxa de juros e menos suscetíveis ao mercado”, explica.

Ele alerta, no entanto, que é preciso avaliar o objetivo do investimento, o apetite a risco e o grau de conhecimento do investidor para aplicar em small caps, mais voláteis que as de empresa com maior capitalização (blue chips).

“Para quem não tem muito conhecimento, o ideal é investir em uma carteira recomendada, pois nela um especialista faz a seleção dos papéis com maior potencial de retorno. Já para quem está mais familiarizado com a renda variável, a vantagem de comprar ações de forma apartada é ter o controle do que comprar e em qual proporção”, diz o especialista.

Junior ressalta, no entanto, que as small caps costumam ter um nível de risco maior, justamente por ter menor quantidade de análises e menor negociação. “É necessário sempre verificar seu nível de aceitação de risco”.

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