Sonho? Nubank pode "acordar" valendo US$ 100 bilhões

O Nubank, um dos líderes do setor bancário digital no Brasil, pode estar a caminho de uma valorização significativa nos próximos anos, alcançando a marca impressionante de US$ 104 bilhões até 2026, de acordo com análises do Morgan Stanley. Essa previsão reflete o momento de crescimento e expansão do banco digital brasileiro, que tem a Berkshire Hathaway de Warren Buffett entre seus principais acionistas.

Os analistas do banco de Wall Street, liderados por Jorge Kuri, apontaram que o Nubank poderá atingir essa avaliação robusta por meio da oferta de produtos adicionais aos clientes em seu maior mercado, o Brasil, e através da expansão em outras geografias. O Morgan Stanley, que teve um papel importante na coordenação da oferta pública inicial (IPO) de ações da empresa nos Estados Unidos em 2021, aumentou o preço-alvo das ações para o final de 2024 para US$ 16. Esse preço-alvo sugere um aumento de 108% em relação ao fechamento das ações na quarta-feira, que estava em US$ 7,71.

Os analistas do banco destacaram que o Nubank tem uma oportunidade única de expandir sua participação no mercado brasileiro, conquistando uma fatia maior da carteira de seus clientes por meio de venda cruzada de produtos que ainda têm uma penetração relativamente baixa. Eles mencionaram especificamente a oferta de produtos como crédito consignado como uma das possibilidades de crescimento.

Além disso, os analistas do Morgan Stanley acreditam que a administração do Nubank tem o potencial de replicar com sucesso seu modelo de negócios em outros mercados latino-americanos, como o México e a Colômbia.

No segundo trimestre deste ano, o Nubank registrou um lucro líquido ajustado de US$ 262,7 milhões e encerrou o período com 83,7 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia.

Embora as ações do Nubank ainda estejam sendo negociadas abaixo do preço de IPO, atualmente em US$ 9, alguns investidores têm questionado se a empresa será capaz de cumprir as metas de crescimento prometidas. No entanto, análises recentes, como a do Jefferies, destacaram o Nubank como um dos disruptores mais significativos globalmente e sugeriram que o banco digital poderia atender a uma grande parcela da população que não está sendo devidamente atendida pelos bancos tradicionais, especialmente no México.

No mercado brasileiro, o Nubank já conquistou a posição de principal banco para 27% dos brasileiros, em comparação com 15% em 2021, de acordo com uma pesquisa proprietária do JPMorgan. Esses números indicam o rápido crescimento da empresa e sua crescente relevância no cenário financeiro nacional.

Hoje, as ações do Nubank registraram um aumento de até 5,2%, atingindo US$ 8,11, em Nova York, elevando seu valor de mercado para US$ 38 bilhões, colocando-o em segundo lugar entre os bancos brasileiros, atrás apenas do Itaú Unibanco em termos de capitalização de mercado. A trajetória de crescimento do Nubank continua a chamar a atenção dos investidores e analistas, destacando sua importância no cenário financeiro atual.