A companhia Suzano (SUZB3) apresentou um prejuízo líquido de R$ 2,1 bilhões, valor diferente do lucro de R$ 700 milhões alcançados no segundo trimestre de 2019.
Segundo o relatório emitido pela companhia, a variação em comparação ao segundo trimestre do ano passado ocorreu devido ao resultado financeiro negativo. O resultado também sofreu o impacto da variação cambial sobre a dívida e pelo resultado de operações com derivativos.
Em relação ao primeiro trimestre de 2020, a companhia apresentou uma redução de R$11 bilhões do prejuízo. Segundo o relatório, isso ocorreu por conta da variação positiva no resultado financeiro (menor impacto de variação cambial sobre a dívida e derivativos).
O Ebitda ajustado foi de R$ 4,2 bilhões, enquanto a receita líquida foi de R$ 7.996 milhões. O valor foi alcançado foi gerado com 88% advindo do mercado externo. Em comparação ao ano passado, a receita líquida apresentou um aumento de 20%.
Além disso, o volume total de vendas de celulose e papel alcançados no trimestre totalizou 3.013 mil toneladas. O número corresponde ao crescimento de 20% em relação ao mesmo período em 2019.
79% de dívida bruta em moeda estrangeira
Em junho, a dívida bruta foi de R$ 80,6 bilhões, sendo 93% relacionado aos vencimentos a longo prazo e 7% no curto prazo. Ademais, a dívida em moeda exterior representou 79% da dívida total da companhia.
A companhia enfatiza que o aumento da dívida bruta ocorreu por conta da variação cambial.
Por fim, no relatório de 2020, a companhia afirma que as vendas de celulose apresentaram bastante resiliência ao longo do segundo trimestre de 2020, sobretudo quando se analisa os desafios do cenário macroeconômico devido a pandemia da Covid-19.
Portanto, em um primeiro momento, a demanda por celulose conseguiu vantagem por conta do crescimento da demanda de papéis sanitários (Tissue). No entanto, no final do trimestre, o setor sofreu o impacto da desaceleração de consumo de papéis de imprimir.