A temporada de resultados operacionais está acontecendo a todo vapor na bolsa de valores, com as principais companhias do mercado anunciando a seus investidores seus respectivos relatórios de desempenho operacional.
Os balanços representam uma importante base de dados e de paramentos para o desempenho de uma companhia, por isso os investidores estão sempre de olho no resultado operacional de suas companhias favorita do mercado.
Portanto, pensando nisso, nós do Guia do Investidor elaboramos um grande resumo com os principais nomes de empresas que recentemente anunciaram seus destaques operacionais, mas que podem ter passado em segundo plano ao seu olhar no meio da grande bateria de resultados anunciados nos últimos dias.
Índice de conteúdo
Iguá (IGSN3)
A Iguá Saneamento registrou prejuízo líquido de R$ 172,5 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), revertendo lucro de R$ 2,3 milhões da mesma etapa de 2021.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 135,2 milhões no 1T22, um crescimento de 188,5% em relação ao 1T21.
PDG (PDGR3)
A PDG Realty (PDGR3) registrou lucro líquido de R$ 352 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), revertendo prejuízo da mesma etapa de 2021.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 5,7 milhões no 2T22, ante Ebitda negativo de R$ 103,9 milhões no mesmo período do ano anterior.
Brisanet (BRIT3)
O prejuízo líquido da Brisanet (BRIT3) foi de R$ 1,3 milhão no segundo trimestre de 2022, revertendo lucro de R$ 9,5 milhões da mesma etapa de 2021.
A receita líquida somou R$ 236,6 milhões no segundo trimestre deste ano, crescimento de 39% na comparação com igual etapa de 2021.
Tegra
A Tegra registrou lucro líquido de R$ 47 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), cifra 88% maior do que a reportada na mesma etapa de 2021, informou a companhia nesta sexta-feira (12).
A receita líquida somou R$ 377 milhões no segundo trimestre deste ano, um recuo de 11,3% na comparação com igual etapa de 2021.
Padtec (PDTC3)
A Padtec (PDTC3) reverteu o lucro de R$ 11,7 milhões do segundo trimestre de 2021 para um prejuízo de R$ 4,4 milhões no 2T22.
Eucatex (EUCA4)
A Eucatex registrou lucro líquido recorrentede R$ 40,4 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), cifra 57% menor do que a reportada na mesma etapa de 2021.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente totalizou R$ 118,7 milhões no 2T22, um recuo de 10,8% em relação ao 2T21.
Paranapanema (PMAM3)
A Paranapanema (PMAM3) registrou prejuízo líquido de R$ 562,3 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), devido ao forte impacto dos efeitos da variação cambial sobre a dívida e outras posições do balanço em dólar.
Invepar (IVPR3)
A Invepar (IVPR3) reduziu o prejuízo líquido no 2T22 para R$ 122,9 milhões ante R$ 445 milhões de perdas.
Saraiva (SLED4)
A livraria Saraiva (SLED4), em recuperação judicial, registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 21,8 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), uma redução de 12% em relação ao prejuízo do mesmo período de 2021, informou a companhia nesta sexta-feira (12).
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi negativo em R$ 9,7 milhões no 2T22, ante R$ 19 milhões negativos do 2T21, uma melhora de 49%.
Eldorado Brasil
A Eldorado Brasil fechou o segundo trimestre de 2022 com lucro líquido de R$ 703 milhões, queda de 39,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 1,075 bilhão, o que representou um aumento de 6,5% na mesma base de comparação, enquanto a margem Ebitda passou de 64,3% para 58,7% entre os trimestres.
Taurus (TASA4)
O lucro líquido do 2T22 foi de R$ 100,8 milhões, resultado 47,9% inferior ao apurado no 2T21, principalmente em função da pressão representada pela reversão das receitas financeiras líquidas registradas no 2T21 (R$ 59,4 milhões) para despesas líquidas no 2T22 (R$ 44,6 milhões), o que resultou em variação a menor de R$ 104,0 milhões.
Segundo a Taurus, a maior parte desse resultado financeiro está relacionado às variações cambiais ativas e passivas que, no entanto, não têm efeito caixa.
Também influenciou o resultado o aumento das despesas operacionais, sobretudo resultado de receitas não recorrentes registradas no 2T21 e maiores despesas com vendas em função do reforço que está sendo realizado na atividade comercial e de marketing.
Ainda, a redução de R$ 31,6 milhões na conta de IR e Contribuição Social, compensou parcialmente as maiores despesas apuradas no trimestre.
O Ebitda foi de R$ 205,6 milhões no 2T22, resultado 8,4% inferior ao do 2T21, com margem Ebitda de 32,9%.
Cury (CURY3)
O lucro líquido foi de R$ 92,9 milhões, 20,6% maior na comparação anual.
O Ebitda da Cury (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) subiu para R$ 113 milhões, 24% acima do mesmo período de 2021, quando registrou R$ 80 milhões. A margem Ebitda é de 18,7%, com queda de 1,3% na comparação anual.
O lucro bruto da construtora foi de R$ 252,5 milhões neste trimestre, aumento de 29,9% em relação ao 1T22. A diferença é ainda maior quando comparada ao 2T21, quando o lucro bruto foi de R$ 162,9 milhões.
Log-In (LOGN3)
A Log-In (LOGN3) registrou lucro líquido de R$ 22 milhões no segundo trimestre de 2022, queda de 41,5% contra o mesmo período do ano passado. Em contrapartida, a companhia de logística registrou receita operacional líquida (ROL) de R$ 609,2 milhões, alta de 72,6% ante o 2T21.
BRF (BRFS3)
A BRF (BRFS3) reportou prejuízo líquido consolidado das operações continuadas de R$ 451 milhões no segundo trimestre. O resultado é 70,8% maior que as perdas de R$ 199 milhões registradas no mesmo período do ano passado. Ademais, o Ebitda ajustado, importante referência dos analistas para estimar a geração de caixa, somou R$ 1,4 bilhão, contra R$ 1,3 bilhão da comparação. A margem Ebitda ajustada apresentou uma leve deterioração, recuando de 10,9% para 10,6%.
C&A (CEAB3)
A C&A (CEAB3) viu seu lucro líquido encolher 97% no segundo trimestre ante igual período do ano passado.
Segundo o relatório divulgado pela companhia nesta quarta-feira (10), o valor atingido entre abril e junho de 2022 foi de R$ 2,1 milhões, contra o montante de R$ 69,2 milhões em 2021.
No acumulado do primeiro semestre, a varejista de moda tem prejuízo de R$ 150,6 milhões, com a linha sendo impactada pelo resultado financeiro “bem mais negativo” do que nos primeiros seis meses de 2021 em função do aumento da dívida e da taxa de juros.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 245,8 milhões, avanço de 145,3% sobre um ano antes. De acordo com a C&A, o resultado reflete a recuperação nas vendas e margens, além da melhora na alavancagem operacional.
MRV (MRVE3)
A MRV (MRVE3) informou os resultados do segundo trimestre de 2022 (2T22) na noite da última quarta-feira (10), informando que a MRV&Co, que abrange a operação da MRV, Sensia, Urba, Luggo e Resia (ex-AHS), reportou lucro líquido atribuído aos acionistas controladores ajustado de R$ 215 milhões no período, 6% acima do registrado em igual período de 2021.
Levando em consideração os efeitos do swap da recompra de ações da MRVE3 e da marcação à mercado dos swaps de dívidas, de IPCA para CDI, no período, o lucro líquido foi de R$ 58 milhões, 71,4% menor do que no mesmo período de 2021.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 441 milhões no período, 49% acima do 2T21. Já a receita líquida do grupo foi de R$ 1,6 bilhão no 2T22, queda de 11,8% ante igual período de 2021.
PetroRecôncavo (RECV3)
A PetroRecôncavo (RECV3) reportou um lucro líquido de R$ 131,03 milhões no segundo trimestre de 2022, conforme fato relevante divulgado ao mercado nesta quarta-feira (10).
O valor indica uma alta de 39% frente o mesmo período do ano passado, quando a empresa registrou lucro de R$ 94,56 milhões.
A margem líquida do período ficou em 18,96%, queda de 19 pontos percentuais na comparação anual.
No acumulado do semestre, a PetroRecôncavo registrou lucro de R$ 532,86 milhões, alta de 552% frente o mesmo período de 2021.
Já a receita líquida da empresa foi de R$ 691 milhões no 2T22, alta de 177% frente o 1T21.
Além disso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) terminou o período a R$ 379,8 milhões, uma alta de 189% na comparação anual.
3R Petroleum (RRRP3)
A 3R Petroleum (RRRP3) terminou o segundo trimestre do ano com lucro líquido de R$ 32,1 milhões, queda de 40,8% em relação aos R$ 54,3 milhões reportados no mesmo período de 2021.
A petroleira destacou em seu balanço que o resultado financeiro líquido fechou o trimestre negativo em R$ 132,1 milhões devido a:
- despesas ligadas aos instrumentos derivativos de hedge de Brent, em uma curva ascendente da commodity, totalizando R$ 140,6 milhões; e
- resultado negativo de variação cambial de R$ 39,9 milhões, relacionado a dívidas e compromissos de aquisição dolarizados.
A queda foi parcialmente compensada por rendimentos de aplicações financeiras no valor de R$ 79,3 milhões.
Ademais, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 205,8 milhões no trimestre, salto de 130,6% no comparativo anual. A margem Ebitda ajustada teve uma contração de 6,9 pontos percentuais, a 51,5%.
Minerva (BEEF3)
O frigorífico Minerva (BEEF3) registrou lucro líquido de R$ 424,7 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), informou nesta quarta-feira (10), alta de 264% na base anual.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi recorde em R$ 778 milhões, alta anual de 42,8%.
A receita líquida subiu 34,7%, para R$ 8,47 bilhões. Com isso, a margem Ebitda (Ebitda sobre receita) foi a 9,2%, um avanço de 0,5 ponto percentual (p.p.) na base de comparação com igual período de 2021.
Marfrig (MRFG3)
A Marfrig (MRFG3) reportou lucro líquido de R$ 4,2 bilhões no segundo trimestre de 2022, disparada de 145% ante o mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (11).
O Ebitda, que mede o resultado operacional, subiu 1,6%, a R$ 3,983 bilhões em meio a resultados mais fracos nos Estados Unidos, que lida com uma menor oferta de gado.
M. Dias Branco (MDIA3)
A M. Dias Branco (MDIA3) registrou lucro líquido de R$ 233,5 milhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), cifra 64,1% maior do que a reportada na mesma etapa de 2021, informou a companhia nesta sexta-feira (12).
A empresa atribui o crescimento do lucro a expansão do Ebitda no período.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 357,1 milhões no 2T22, um crescimento de 113,6% em relação ao 2T21.
Cosan (CSAN3)
A Cosan (CSAN3) reverteu o lucro de R$ 942 milhões e fechou o segundo trimestre de 2022 com prejuízo de R$ 125 milhões, mostra documento enviado ao mercado nesta sexta-feira (12).
Por outro lado, a receita líquida subiu 69,4%, a R$ 42 bilhões.
O Ebitda ajustado ficou em R$ 4,1 bilhões, alta de 34,5%.
“O resultado foi impulsionado pelo excelente desempenho operacional de todas as empresas do portfólio, destacando, na Raízen (RAIZ4), os volumes comercializados superiores, com maior rentabilidade”, afirmou.
Cemig (CMIG4)
O lucro líquido da Cemig (CMIG4) caiu 97,44% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2021.
O lucro líquido somou R$ 49,8 milhões e, segundo a companhia, foi impactado pela provisão de R$ 1,405 bilhão feita para atender às determinações da Lei 14.385/2022, que disciplina a devolução de créditos tributários referentes à cobrança de PIS e Cofins na base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O Ebitda ajustado pela exclusão de itens não recorrentes, cresceu 37,02% em base anual de comparação, para R$ 1,809 bilhão.
A receita líquida da companhia no segundo trimestre cresceu 11,7%.
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