Especialista comenta como a Covid-19 acelerou a necessidade de mudanças significativas no segmento
Não é segredo que a pandemia da Covid-19 teve efeitos de longo alcance nas economias em todo o mundo e no setor imobiliário não seria diferente. O distanciamento físico e a necessidade de interação sem contato fizeram com que o segmento implementasse estratégias e ferramentas para se manter produtivo e atrativo. No entanto, alguns ajustes se tornaram essenciais para os compradores, acelerando novas tendências para o mercado de imóveis.
Essa é a análise de Bruno Fabbriani, CEO da Incorporadora BFabbriani, que percebeu que o trabalho remoto, por exemplo, fez com que as pessoas começassem a se interessar mais em propriedades um pouco maiores, em áreas mais desejáveis, que antes não eram consideradas.
“Trabalhar em casa é simplesmente uma nova maneira de exercer a profissão. Ao perceber isso, a pergunta para muitos passou a ser: se minha casa agora é meu escritório, não devo investir em um imóvel adequado para isso também, em um local que eu goste mais? Esse efeito tende a se manter nos próximos anos”
acredita.
Outra tendência, segundo Fabbriani, é que a demanda por imóveis não está mais concentrada em áreas específicas.
“Colaboradores e empresas entenderam que, em muitas funções, a ida para o escritório diariamente não é essencial. Dessa forma, muitos optaram por mudar para outras cidades, com custo de vida mais barato e com maior qualidade de vida. Isso fez com que o mercado nessas regiões ficasse aquecido. Fator que deve continuar”
fala.
Mas não foi somente na aquisição do imóvel que algumas tendências se moldaram. A forma de comunicação entre incorporadoras e clientes também foi modificada. O setor imobiliário usou a tecnologia como principal aliada durante a pandemia.
“Se antes esse avanço estava devagar, foi preciso incorporar rapidamente novas ferramentas para se manter atrativo para o consumidor. Isso, por sua vez, deu mais flexibilidade tanto aos compradores quanto aos agentes imobiliários. Em outras palavras, os investidores, de repente, puderam acompanhar mais de perto todas as etapas do projeto e fazer perguntas a qualquer hora do dia, por exemplo, proporcionando mais transparência e segurança para todos os envolvidos”
afirma Fabbriani.
Segundo o CEO da Incorporadora BFabbriani, de certa maneira, a pandemia tornou a experiência da aquisição de imóveis mais conveniente para investidores.
“Obviamente algumas ferramentas tecnológicas como e-mail, mensagens, plataformas de mídia social e afins já estavam disponíveis. Mas foi preciso ir além. Agora, novas tecnologias se tornaram essenciais para o sucesso dos negócios, inclusive dando aos compradores de imóveis acesso a propriedades a qualquer hora do dia. Esse certamente é o futuro da construção civil”
finaliza.