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Terceiro mandato de Lula deve ser marcado por retrocessos, afirma economista do Goldman Sachs

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Alberto Ramos, diretor de Pesquisa Macroeconômica do Goldman Sachs, prevê que o 3º mandato de Lula será marcado por retrocessos e limitações nas reformas.

Alberto Ramos, diretor de Pesquisa Macroeconômica do Goldman Sachs para América Latina, acredita que o terceiro mandato do presidente Lula será marcado por retrocessos na política econômica brasileira.

Em entrevista, ele mencionou que a única grande reforma que deverá ocorrer será a tributária, e não antes do próximo ano. Ramos manifestou seu ceticismo sobre a recuperação do grau de investimento do Brasil e a possibilidade de se tornar a “Suíça da América Latina”, uma visão recentemente compartilhada por outro economista.

Além disso, o especialista também expressou preocupação com o alto grau de flexibilidade e complexidade do arcabouço fiscal atual.

Terceiro mandato de Lula deverá ser marcado por retrocessos econômicos, diz diretor do Goldman Sachs

O economista Alberto Ramos, diretor de Pesquisa Macroeconômica do Goldman Sachs para a América Latina, manifestou preocupações sobre o terceiro mandato do presidente Lula.

Em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, Ramos antecipou uma era de retrocessos, com uma volta à velha cartilha petista na esfera microeconômica. Ele também previu que a única grande reforma a ser realizada durante esse período será a reforma tributária.

Ramos expressou pouco otimismo sobre a possibilidade de o Brasil recuperar o selo de bom pagador, ou grau de investimento, e desacreditou a ideia de que o país possa se tornar a “Suíça da América Latina”. A expressão foi usada recentemente por Robin Brooks, presidente do Instituto de Finanças Internacionais.

Segundo o economista do Goldman Sachs, a falta de grandes reformas no Brasil, com exceção da tributária, é preocupante. Ele criticou a flexibilidade excessiva do arcabouço fiscal atual, afirmando que é complexo e ineficiente para estabilizar a dívida.

Em relação à reforma tributária, Ramos é cético quanto a uma resolução no curto prazo. Ele citou a complexidade do tema e o desafio de conciliar interesses variados como fatores que podem atrasar a aprovação da reforma.

O economista ainda expressou preocupações sobre o impacto potencialmente negativo do intervencionismo governamental no setor microeconômico, que pode levar a um alto custo macroeconômico e, no final das contas, não entregar crescimento ou bem-estar.

Alberto Ramos finalizou sua entrevista afirmando que, embora o Brasil tenha grande potencial, este é sufocado por políticas macroeconômicas inadequadas. Ele sublinhou a necessidade de o país investir mais em educação e se abrir ao comércio internacional para promover o crescimento econômico.