Quais as ações que mais valorizaram em 2022? Com o fim do ano batendo às portas do mercado, finalmente temos um recorte completo do mercado de capitais. Então, já podemos afirmar quais foram as ações mais rentáveis do mercado.
Agora parece simples, mas escolher estas ações durante o ano não foi tarefa fácil para investidores, em um mercado extremamente complicado e volátil.
Na bolsa de valores o ano se mostrou desafiador. O Ibovespa fecha o último pregão do ano exatamente como operou durante todo 2022: Sobre forte volatilidade e baixos ganhos.
Em conversas com gestores do mercado financeiro, uma das frases mais escutadas nessa reta final de 2022 é que “não estamos em um período fácil para a renda variável”. E é verdade — a volatilidade e a alta dos juros foi um desafio para quem permaneceu na bolsa.
O Ibovespa fechou em baixa de 0,46%, aos 109.734,60 pontos, com volume de R$ 24,5 bilhões. Na semana, o índice ficou estável (+0,03%), no somatório de dezembro o índice caiu 2,45%.
No acumulado do ano, o ibovespa subiu 4,69%
As ações que venceram a desconfiança
A Retrospectiva de 2022 da economia começa com um olhar da inflação gerada por medidas preventivas para a pandemia Covid começou a explodir ao redor do planeta. Para piorar a situação, uma crise de energia estourou juntamente com o conflito entre Rússia e Ucrânia na Europa, players significantes nos segmentos energéticos, fomentando ainda mais as raízes da inflação global.
A crise de produção e o medo da escassez aumentou os preços de algumas commodities, inflando diretamente toda a escala de produção global. Um baita jeito de começar o ano não é mesmo?
Para corrigir as movimentações, os bancos centrais se viram obrigados a adotarem uma política ainda mais restritiva de juros. O Banco Central Europeu saiu das taxas negativas, e o FED, o banco central americano, também adotou a maior taxa de juros das últimas décadas.
Neste cenário, entre as ações que mais subiram se destacaram petroleiras, beneficiadas pela crise energética. Cielo se destaca também por alinhar por indicadores operacionais com a inflação dos preços, melhorando a margem de rentabilidade das maquininhas.
A grande vencedora, no entanto, alinhou o momento da economia com movimentos de mercado. Dommo lidera a lista enquanto sua ação ganhou força conforme a possibilidade de venda da empresa ganhava coro no mercado, garantindo um impulso extra à companhia.
O negócio se concretizou e a antiga joia do império de Eike Batista foi comprada pela Prio, ex-PetroRio (PRIO3), aumentando a busca dos investidores pelos papéis
Empresa | Ticker | Acumulado do ano* |
Dommo ON | DMMO3 | 259,62% |
Teka PN | TEKA4 | 132,56% |
Cielo ON | CIEL3 | 130,77% |
Cury ON | CURY3 | 86,64% |
Mills ON | MILS3 | 84,06% |
BB Seguridade ON | BBSE3 | 74,22% |
Kepler Weber ON | KEPL3 | 72,65% |
Prio ON | PRIO3 | 71,70% |
Petrorecôncavo ON | RECV3 | 66,10% |
Cosern ON | CSRN3 | 65,63% |
Outros destaques
Entre os nomes mais “desconhecidos” da lista a Teka mostrou bastante resiliência em 2022, acumulando alta de 132,56%. Um dado impressionante para uma empresa que está em recuperação judicial há quase 10 anos. Apesar disso, os investidores parecem tentar se antecipar ao buscar o ativo desde já, uma vez que a expectativa é de que, encerrado o processo na justiça, a Teka (TEKA4) seja comprada por alguma concorrente e reestruturada.
Assim, o ideal é estar posicionado desde já, o que justifica o salto das ações. Mas vale lembrar que os papéis da Teka possuem liquidez restrita na B3 e estão sujeitos a oscilações bruscas.