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Trabalho remoto veio para ficar, diz KPMG

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O modelo “work from anywhere” veio para ficar, pois a flexibilidade do local de atuação profissional vai se tornar parte integrante do mercado de trabalho. Além disso, não há uma abordagem única para todos, pois a estratégia correta depende dos objetivos estratégicos de negócios, talentos, setores e a cultura de cada organização. Essas são algumas das conclusões da pesquisa “Tendências atuais no trabalho remoto: trabalhe de qualquer lugar”, conduzida pela KPMG com mais de 530 empresas de 46 jurisdições.

“Ao implementar o modelo “work from anywhere”, a tecnologia é uma facilitadora para assegurar conformidade e eficiência, enquanto a comunicação é fundamental para implementar políticas de sucesso. As empresas estão descobrindo como será o futuro do trabalho, mas um aspecto é claro: ele será mais flexível e virtual para colaboradores e empregadores. Enquanto colaboradores podem ter mais equilíbrio em aspirações profissionais e pessoais, os empregadores podem ter um conjunto maior de talentos, onde quer que eles estejam”, afirma Janine Goulart, sócia-líder de Mobilidade Global e Trabalho da KPMG no Brasil.

O conteúdo ressaltou ainda que o trabalho remoto faz com que empregadores possam se beneficiar de reduções de custos com viagens e emissões de carbono. Os resultados da pesquisa evidenciaram também as conclusões a seguir.

– Ascensão das políticas de trabalho remoto: a maioria (quase 90%) das empresas estão considerando introduzir uma política de atuação remota ou já introduziram uma.

– Motivos: as demandas dos funcionários e a escassez de talentos estão entre os principais fatores para implementar acordos de trabalho remoto, o que sugere que há mais poder nas mãos dos empregados.

– Funções responsáveis: implementar o trabalho remoto é complexo e envolve muitos stakeholders de uma organização. As áreas que lideram este tema tendem a ser as de recursos humanos, tributária ou de mobilidade global.

– Tipos de trabalho remoto: quase 50% na Ásia-Pacífico estão implementando tarefas virtuais e contratações remotas. Nas Américas, a atuação remota de curto prazo é duas vezes mais comum que na Ásia-Pacífico.

– Desafios: empresas de todos os setores e regiões foram rápidas em apoiar o trabalho remoto dentro das fronteiras. Mas os desafios fiscais e legais são as principais preocupações para a atuação remota além das fronteiras. Para reduzir riscos e demais custos, as empresas devem definir políticas claras de trabalho remoto e se atentar para as legislações aplicáveis nos países envolvidos.

Sobre perspectivas, a pesquisa da KPMG destacou ainda que, como este é o início da jornada rumo ao futuro do trabalho, o tema está longe de ser totalmente explorado. Para superar incertezas, como a evolução do compliance e as expectativas dos colaboradores, as empresas precisarão aprender ao longo do tempo e adaptar programas conforme evoluem. Isso exige permanecer no caminho certo e se alinhar com stakeholders para antecipar mudanças.

A maioria (82%) dos respondentes da pesquisa “Tendências atuais no trabalho remoto: trabalhe de qualquer lugar” é de organizações da Europa, Oriente Médio e região da África, 10% delas são das Américas e 8% da Ásia-Pacífico. Entre os respondentes estão membros de conselho, gerentes e especialistas das áreas de mobilidade global, recursos humanos, diretores tributários e trabalhistas de empresas dos seguintes setores: telecomunicações e tecnologia; alimentos, bebidas, varejo e produtos de consumo; manufatura; serviços bancários e financeiros; energia, eletricidade e utilidades; saúde, ciências da vida e farmacêutico; fabricantes e fornecedores automotivos; comércio, transporte e turismo; fabricação e processamento de produtos químicos; infraestrutura e construção; seguro; governo e setor público; serviços e negócios não financeiros ; aeroespacial e defesa.

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