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Transformação digital: até o fim de 2022, 50% dos sistemas do Itaú serão em Nuvem

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A transformação digital chegou e seu grande esplendor já deu as caras no mercado financeiro: as fintechs. Empresas de tecnologia chegaram para mudar a realidade do mercado tradicional dominado pelos grandes bancos, oferecendo novos serviços integrados e com as praticidades do mundo digital.

O Banco Itaú observou de perto estas tendências e não quer ficar atrás de seus concorrentes. Em evento da Kinea, Roberto Setubal, copresidente do conselho de administração do Itaú, fala sobre migração dos sistemas do banco para a nuvem e das mudanças na estrutura para tornar a instituição mais ágil.

A virada do Itaú de um banco tradicional para uma instituição com mais cara de “startup” está caminhando, de acordo com Setubal. Um dos principais movimentos envolve a migração de todos os sistemas para a nuvem.

“Esperamos terminar o ano com cerca de 50% do nosso sistema migrado para a nuvem”, afirmou. “Daqui um ano, um ano e meio, devemos estar em plena capacidade para competir com as fintechs, em um nível de tecnologia equiparado a elas, com agilidade e capacidade de se movimentar.”

A tarefa não é simples, segundo Setubal, considerando que o Itaú possui “milhares” de sistemas que não permitem a troca de dados entre as diferentes áreas do banco, gerando burocracia e uma visão menos completa dos clientes e das soluções disponíveis.

“Hoje, nos sistemas antigos, se quero usar mais dados, é uma série de etapas para o sistema chegar no dado”, disse Setubal. […] “Os sistemas que foram criados não tinham uma visão de cliente, porque cada sistema tem seu próprio cadastro. Tudo que fizemos em 20 anos precisa ser refeito, numa outra tecnologia.”

Mudança, porém, não é uma palavra que assusta Setubal. Ele lembrou que o Itaú também teve que se adaptar às mudanças tecnológicas a partir da década de 1960, com a chegada dos primeiros computadores, que automatizaram muitos procedimentos. Depois, com os caixas eletrônicos e os sistemas bancários para a internet.

“A evolução tecnológica torna o processo mais eficiente, possibilitando um ganho de produtividade brutal, o que leva a ampliação do mercado”, afirmou o copresidente do conselho de administração do Itaú Unibanco. […] “A tecnologia faz parte da evolução do sistema financeiro desde sempre.”

Junto com o upgrade tecnológico, o Itaú Unibanco também está promovendo uma mudança na estrutura corporativa, inspirado no que as startups fazem. Segundo Setubal, o banco está deixando de ter uma rigidez “militar” na hierarquia, apostando na integração entre diferentes áreas.

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