Na noite desta terça-feira, a PetroRio (PRIO3) informou que a gestora carioca Truxt Investimentos atingiu 11,69% do capital social da petroleira. Dessa forma, a gestora independente passa a deter 16.913.276 ações ordinárias de emissão da Petro Rio.
Além disso, informou que a Truxt não objetiva alterar a estrutura administrativa da companhia.
Na última quinta-feira, 19, a PetroRio anunciou a compra de 60% do Campo de Itaipu e 35,7% do Campo de Wahoo, ambos da British Petroleum. Dessa forma, com toda animação dos investidores devido as projeções de produção de óleo após a compra, as ações da petroleira saltaram 29,94%.
De acordo com analistas da corretora Ágora Investimentos, Vicente Falanga e Ricardo França, o negócio é uma ótima oportunidade para entregar ganhos de eficiência de custos consideráveis.
Ademais, a dupla de analistas disse que, caso a PetroRio compra a Albacora (como a mídia sugere), e petroleira entraria no top 5 produtoras de petróleo do Brasil.
Ai ai, o lifting cost…
O que mais chama atenção no Campo de Wahoo, é sua proximidade (35 km) do Campo de Frade. Assim sendo, como a PetroRio já possui um FPSO lá, poderia usar a mesma infraestrutura – tieback – reduzindo o lifting cost.
Atualmente, o lifting cost da PetroRio é de US$ 13. Entretanto, segundo a mesma, a estimativa é de um lifting cost de US$ 2. Isso mesmo, uma queda de cerca de 85% no valor do custo de extração.
Portanto, como estima-se um aumento de 40-45 mil barris/dia na em sua produção, e um custo total do projeto de US$ 385 milhões, cada barril sairia a US$ 7. Com o lifting cost, o custo total/barril seria de US$ 9.
De acordo com a PetroRio, o óleo de Wahoo poderia ser vendido sem desconto em relação ao petróleo Brent – usado como referência pela Petrobras (PETR4) – hoje em ~US$ 48.