O Nubank (NU), conhecido como “roxinho” pelos seus clientes, definiu um prazo para que os detentores de BDRs Nível III, incluindo os NuSócios, tomem uma decisão sobre o que desejam fazer com suas participações na empresa. Esses investidores terão do dia 13/07/23 até o dia 11/08/23 para decidir se desejam permanecer como acionistas da companhia no exterior e receber ações ordinárias Classe A – na proporção de seis BDRs para cada ação Classe A – ou optar por continuar como acionistas através do BDR Nível I não patrocinado, ou ainda vender suas ações.
Em setembro de 2022, o Nubank anunciou sua decisão de fechar o capital na bolsa brasileira, alegando redução de custos com a B3.
A Norde reseach acredita que a motivação por trás dessa decisão está mais relacionada às reações do mercado diante dos resultados da empresa, o que por sua vez tem causado preocupação entre os clientes do banco, do que aos custos em si, que giram em torno de R$ 1,5 milhão por ano.
Essa análise da Nord Research ressalta que o Nubank estabeleceu um prazo para os investidores decidirem sobre suas participações na empresa por meio de BDRs. A recomendação dada é de venda das ações do Nubank.
A saída da B3
O Nubank anunciou que havia deixado de ser uma companhia aberta no Brasil. Os papéis do banco, que eram negociados na B3 por meio de BDRs do nível 3, passaram a ser negociados apenas diretamente na Bolsa de Nova York (Nyse) ou por meio de BDRs de nível 1.
Em resumo, a empresa não está mais registrada no Brasil e suas ações passaram por uma reestruturação. No entanto, elas continuam sendo negociadas, mas mudaram de categoria. Isso teve impacto direto sobre os acionistas do Nubank.
A reestruturação dos BDRs significa que os papéis eram representados por recibos emitidos por empresas estrangeiras que também possuíam registro de companhia aberta na Bolsa brasileira. Esses BDRs eram do tipo nível 3.
No caso do Nubank, que fez uma dupla listagem durante sua abertura de capital, as ações eram negociadas tanto na Bolsa de Nova York quanto na B3. Isso permitiu que o banco digital atraísse 7,5 milhões de clientes como acionistas por meio do programa NuSócios e garantisse a presença de investidores brasileiros no IPO direto na Bolsa brasileira.
A decisão do Nubank de deixar a bolsa brasileira foi tomada em setembro de 2022, com o objetivo de reduzir os custos relacionados à B3. No entanto, acredita-se que a principal motivação tenha sido a reação do mercado aos resultados da empresa, o que gerou preocupações entre seus clientes.
É importante ressaltar que a empresa continua sendo listada na Bolsa de Nova York como uma empresa de capital aberto. A mudança apenas afetou a forma como as ações do Nubank são negociadas e requer uma adaptação por parte dos investidores.
Para aqueles que investiram em BDRs do Nubank, o banco ofereceu algumas alternativas, embora o processo ainda precise ser aprovado e concluído pela CVM e pela B3. Os investidores podem optar por manter seus BDRs, trocando-os na proporção de 1:1 pelos novos recibos de nível I. Também têm a opção de vender seus BDRs ou trocá-los por ações do Nubank na Nyse, considerando que cada ação corresponde a seis BDRs.
É importante ressaltar que os acionistas interessados em adquirir ações do Nubank na Nyse precisarão ter uma conta internacional, como a disponibilizada pela XP, por exemplo.
Essa mudança no status do Nubank na bolsa brasileira impactou diretamente seus acionistas, que agora precisam avaliar e decidir qual a melhor opção para suas participações na empresa.