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União parece uma prefeitura e Brasil um Kama Sutra financeiro, diz pai do plano real

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Gustavo Franco condena “Kama Sutra fiscal” brasileiro e alerta para os riscos da atual política econômica.

Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, criticou a política econômica brasileira, referindo-se a ela como um “Kama Sutra fiscal”.

Ele argumenta que o Brasil já experimentou diversas manobras fiscais, e o país não tolera mais tais “truques”. Franco também abordou a taxa de juros atual, em 13,75%, e a necessidade de convergir para uma taxa mais adequada.

O economista expressou preocupação com o novo arcabouço fiscal, chamando-o de “geringonça” e destacando a falta de R$ 150 bilhões em receitas.

Gustavo Franco critica “Kama Sutra fiscal” e políticas econômicas do Brasil

Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, condenou a política econômica brasileira em evento no Ibmec em parceria com o Instituto Millenium.

Ele chamou a situação de “Kama Sutra fiscal”, referindo-se às diversas manobras fiscais já tentadas pelo país. Segundo Franco, o Brasil não tolera mais esses “truques” fiscais e precisa de uma abordagem mais responsável e eficiente.

O economista também alertou para o atual patamar da taxa de juros no país, em 13,75%, e a necessidade de convergir para uma taxa mais adequada. Franco sugeriu que a taxa de juros neutra estaria em torno de 6%, mas ponderou que é preciso analisar qual será a melhor fórmula.

Além disso, o ex-presidente do BC expressou preocupação com o novo arcabouço fiscal, que chamou de “geringonça”.

Ele acredita que o mecanismo que substituirá o teto como controle de gastos é falho e destacou que faltam R$ 150 bilhões de receita, sem que se saiba de onde virão.

Gustavo Franco enfatizou a importância da responsabilidade fiscal, do rating e do risco para a saúde econômica do Brasil. Ele mencionou que o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já admitiu não gostar do nível de juros no país, mas que é preferível a uma inflação descontrolada.

A atual escalada da Selic teve início ainda em 2020, o que reforça a urgência de uma solução efetiva para a política econômica brasileira.