Em sessão favorável para as metálicas, Usiminas encabeça altas do Ibovespa, enquanto Casas Bahia tem a maior desvalorização.
Nesta segunda-feira, as ações do setor metalúrgico foram as grandes vencedoras no Ibovespa, impulsionadas pelo aumento do minério de ferro. Usiminas obteve a maior valorização do dia, com um aumento de 4,49%. Outras empresas, como CMIN3 e CSNA3, também registraram ganhos consideráveis.
VALE3, importante nome do setor, viu suas ações crescerem 0,90%. No entanto, não foi um bom dia para todos. Casas Bahia, representada pela BHIA3, sofreu a maior queda do índice, seguida de perto por MGLU3. O mercado também reagiu negativamente aos resultados trimestrais da petroquímica, refletindo na queda de BRKM5.
Setor metalúrgico brilha no Ibovespa enquanto petroleiras e varejo enfrentam baixas
Em um cenário dinâmico no mercado financeiro, o setor de metálicas foi um dos destaques positivos nesta segunda-feira no Ibovespa, recebendo um empurrão significativo da alta do minério de ferro. A Usiminas, uma das líderes desse mercado, encabeçou a lista de maiores ganhos do índice, com uma impressionante valorização de 4,49%, fechando a R$ 6,51. Acompanhando a tendência positiva, CMIN3 avançou 2,42%, fechando a R$ 5,07 e CSNA3 teve um aumento de 1,14%, terminando o dia a R$ 11,50. A gigante Vale, uma das maiores exportadoras de minério de ferro do mundo, também viu suas ações subirem, com VALE3 avançando 0,90% e fechando a R$ 68,18.
No entanto, o cenário não foi tão positivo para outros setores. A queda do petróleo influenciou diretamente as ações da Petrobras, com PETR3 e PETR4 caindo 0,81% e 1,02%, respectivamente. Analistas associam parte dessa queda ao receio dos investidores de possíveis interferências políticas na estatal, especialmente após a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para discutir mudanças no estatuto social da empresa.
O segmento bancário também não teve um bom desempenho, com os principais bancos do país registrando perdas. Entre os mais impactados estavam SANB11, BBDC4 e ITUB4, com quedas de 1,29%, 1,11% e 0,81%, respectivamente.
Por fim, o setor varejista foi representado por duas grandes baixas. As ações da Casas Bahia (BHIA3) sofreram a maior queda do dia, com uma desvalorização de 6,25%. Logo atrás estava MGLU3, do Magazine Luiza, que caiu 6,16%. Outra perda notável foi a da BRKM5, que fechou com uma queda de 5,47%, após a divulgação de dados considerados fracos de produção e vendas da petroquímica no terceiro trimestre.
Preocupações com o risco fiscal brasileiro afetam dólar e Ibovespa
O mercado financeiro brasileiro experimentou um dia turbulento, com o dólar avançando e o Ibovespa recuando, devido a preocupações relacionadas ao risco fiscal do país. A moeda norte-americana descolou-se das tendências globais e fechou em alta de 0,67%, atingindo a marca de R$ 5,0469 em relação ao real. Essa mudança foi motivada pelas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não conseguiu acalmar os investidores em relação à meta fiscal zero para o ano de 2024.
Após uma reunião com o presidente Lula, Haddad explicou que a dificuldade de alcançar essa meta não significa que o país esteja sendo sabotado, mas sim que existem problemas fiscais que precisam ser reformados e resolvidos. No entanto, ele não confirmou diretamente a manutenção da meta de déficit zero para 2024, deixando os mercados inseguros.
As preocupações dos investidores se estendem às projeções para a taxa Selic e o IPCA de 2024. O boletim Focus do Banco Central indicou um aumento na projeção mediana do mercado para a taxa Selic terminal, de 9,00% para 9,25% ao final de 2024, bem como um aumento nas expectativas para o IPCA de 2024, de 3,87% para 3,90%. Essas mudanças deixaram a inflação mais próxima do limite superior da meta estabelecida para o próximo ano, que é de 3,00%.
Em um cenário de semana mais curta devido ao feriado de Finados, os investidores estão de olho nas decisões de juros nos EUA, Brasil e Inglaterra. O mercado aguarda a manutenção dos juros nos EUA e um novo corte na taxa Selic no Brasil. A incerteza fiscal e as mudanças nas projeções econômicas estão mantendo os mercados voláteis e os investidores cautelosos.