O mercado brasileiro segue os movimentos desta manhã, com investidores sofrendo com a aversão ao risco global, um dia após a inflação do consumidor norte-americano ter atingido o maior nível em 41 anos, o PPI (inflação ao produtor), ainda que menor que o consenso, reforçou a pressão inflacionária e a perspectiva de aumento dos juros ainda maior (100 pb) pelo Fed no fim de julho.
As cotações do petróleo fecharam com queda nesta quinta-feira, mas longe das mínimas do dia, quando chegaram a ficar abaixo dos níveis anteriores à guerra da Ucrânia. O Brent chegou a cair 5%, a US$ 94,5 o barril, abaixo da cotação em 23 de fevereiro, de US$ 96,84.
O WTI atingiu mínima em US$ 90,5, ante US$ 92,10 naquela data, um dia antes do início da guerra. O mercado da commodity tem sido pressionado pela perspectiva de queda na demanda por causa do aumento dos juros nos EUA e na Europa e a política de covid-19 zero na China, além da escalada do dólar, resultado desse cenário.
O índice DXY alcançou uma nova máxima hoje, em 109,294 pontos. No fechamento, o contrato do Brent para setembro caiu 0,47%, a US$ 99,10 por barril, na ICE. O WTI para agosto recuou 0,54%, a US$ 95,78 por barril, na Nymex.
Bolsa
Na bolsa, ações da Vale lideram as quedas do indicador, refletindo a queda do minério de ferro e as incertezas em relação à recuperação da economia chinesa, diante da nova crise imobiliária, assim como lockdowns e risco de recessão global. Com cenário Citi muda preço-alvo para US$ 16, mas mantêm recomendação de compra para os ADRs da Vale (na B3, VALE3).
Banco avalia que a mineradora deve ter um 2TRI fraco, com redução nas projeções da produção.