- Volkwagen interrompeu a produção em 3 de suas fábricas, devido à falta de peças vindas de fornecedores gaúchos
- Diversos fornecedores locais enfrentam dificuldades para manter sua produção no momento
- Como resultado, a montadora anunciou período de férias coletivas de dez dias nas fábricas “prejudicadas”
- A empresa continua monitorando as condições, além de se adequar a produção do complexo industrial ao restabelecimento de fornecedores
Nesta segunda-feira (20), a Volkswagen tomou a decisão de interromper a produção em três de suas fábricas. Isto, devido à falta de peças por parte de seus fornecedores no Rio Grande do Sul, impactados pelas recentes enchentes no estado. Enquanto isso, a General Motors (GM) está gradualmente retomando suas operações em Gravataí (RS), onde fabrica o Onix, um dos carros mais populares do Brasil.
A Volkswagen ressalta que diversos fornecedores locais enfrentam dificuldades para manter sua produção no momento.
Como resultado, a montadora anunciou nesta segunda-feira um período de férias coletivas de dez dias nas fábricas de automóveis localizadas em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e Taubaté, no interior do estado de São Paulo.
Além disso, uma parcela da equipe de produção da fábrica de motores da Volkswagen em São Carlos (SP) também está em férias, que terão duração de 11 dias. Por outro lado, em São José dos Pinhais (PR), onde a Volkswagen monta o utilitário esportivo T-Cross, a produção continua sem interrupções.
A General Motors, por sua vez, comunicou que suas operações em Gravataí estão retomando de forma gradual. Na segunda-feira, a GM já restabeleceu um dos turnos. A empresa ficou parada nos últimos 12 dias em virtude às fortes chuvas no estado.
“A empresa continua monitorando as condições e adequando a produção do complexo industrial alinhada também ao restabelecimento de fornecedores”, confirma a GM.
Ainda, acrescenta que “a prioridade no momento é a segurança dos empregados, assim como as ações solidárias ao Estado”.
Confaz reduz burocracia para doações ao Rio Grande do Sul
As doações de mercadorias ao Rio Grande do Sul serão dispensadas de documentos fiscais para o transporte até o fim de junho, decidiu o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne os secretários de Fazenda dos estados e do Distrito Federal. Essa é uma das medidas de ajuda para o estado, que enfrenta uma crise humanitária após as fortes enchentes.
Além de facilitar as doações, o Confaz flexibilizou, portanto, as obrigações tributárias. A implementação da Nota Fiscal Eletrônica pelos produtores rurais do estado foi adiada para 1º de janeiro de 2025. Além disso, o conselho autorizou o Rio Grande do Sul a isentar de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a compra de máquinas, equipamentos e peças necessárias para a recuperação das empresas nos municípios afetados.
Para aliviar o caixa das empesas, o Confaz também autorizou o governo gaúcho a não cobrar juros e multas por atraso no pagamento de ICMS que vence entre abril e junho. O Confaz manteve os créditos de ICMS para as mercadorias em estoque perdidas, destruídas ou roubadas após o evento climático extremo. As empresas evitarão a perda de bens e a possível punição de perda de créditos fiscais acumulados ao adotarem essa medida.
Em nota, o Confaz informou que as medidas pretendem não apenas ajudar na recuperação das áreas afetadas, mas implementar uma estrutura que permita maior resiliência a futuros desafios climáticos e econômicos.