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Volume de fusões e aquisições deve crescer em 2025

Visando o crescimento dos negócios, as operações de M&A vêm se tornando uma das principais estratégias de empresas brasileiras.

Fusões e aquisições
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Visando o crescimento dos negócios, as operações de M&A vêm se tornando uma das principais estratégias de empresas brasileiras. De acordo com a pesquisa “O futuro estratégico das fusões e aquisições no Brasil: M&A como impulso à transformação”, 33% das organizações participantes fizeram transações de fusões e aquisições nos últimos cinco anos e 46% pretendem realizar alguma operação nos próximos anos.

Só no primeiro trimestre do ano, o Brasil foi responsável por mais da metade das 603 operações de M&A executadas na América Latina.

‘As perspectivas futuras para o cenário local de M&A são muito otimistas, levando em consideração o comportamento econômico internacional, o número de operações deve continuar crescendo gradativamente. Um ponto importante que deve ser levado em consideração é a redução dos juros nos EUA, esse tipo de movimentação impacta positivamente o setor de fusões e aquisições mundialmente’, afirma Franklin Tomich, sócio da FT Aquisições, especialista no segmento.

Atualmente, há muito interesse de fundos de private equity nas áreas de infraestrutura – com destaque para os segmentos de rodovias e saneamento -, recursos naturais e energias renováveis. Tendo este último muito apelo junto a investidores internacionais. Outros segmentos que geram inúmeros negócios de M&A são saúde e tecnologia.

O Brasil se tornou o segundo país no mundo que mais recebe investimentos estrangeiros diretos, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em 2023, entraram US$ 64 bilhões no país, nesse montante, estão incluídos processos de M&A.

De acordo com Tomich, muitas operações de fusões e aquisições estão intrinsecamente ligadas ao prisma do ESG. 

As políticas e os negócios centrados na tríade ambiental, social e governança têm grande foco para os investidores, porque há um grande potencial de retorno neles, e sendo nosso país um mercado em potencial, a tendência é que os movimentos de empresas por fusões e aquisições no Brasil se fortaleçam’.

No entanto, é preciso ressaltar que mais do que ter políticas ESG, para que uma operação desse nível dê certo, é necessário realizar um processo estratégico, do início ao fim da negociação e transação. O especialista da FT Aquisições ressaltou que ‘as corporações brasileiras interessadas nesse tipo de negociação devem examinar minuciosamente todos os seus ativos e passivos, pois essa avaliação irá direcionar as ações e garantir que o negócio alcance seus objetivos de forma eficiente, impulsionando o crescimento e a competitividade. É preciso melhorar a sua percepção de valor no mercado’.

Com o aquecimento das fusões e aquisições desde o inicio do ano, é preciso também, levarmos em consideração um tempo de defasagem em relação ao mercado internacional, a expectativa é que o ano de 2025 seja ainda mais promissor para o setor de M&A, com perspectivas de crescimento e o aumento das transações no Brasil.

Optar por um processo de fusão ou aquisição para rentabilizar o negócio é uma das principais decisões que os gestores enfrentam, portanto, é preciso observar atentamente o contexto do mercado para aproveitar a hora mais adequada para obter lucratividade e garantir o sucesso da operação.