Quem acompanha o mercado há um tempo viu de perto a parte mais “tensa” da disputa entre a XP e o BTG pelos escritórios autônomos de investimentos. Um dos caminhos seguidos pela corretora de Benchimol foi se tornar sócios dos principais escritórios, afim de transformá-los em corretoras. Dessa forma, a companhia adquiriu a Monte Bravo, a Faros e outros.
Assim sendo, seguindo a mesma lógica, a XP adquiriu uma participação nos escritórios BRA Investimentos, do Rio, e BS Investimentos, de SP. Portanto, somando ambos os escritórios, a XP adiciona R$ 5 bilhões sob custódia. Contudo, para dar prosseguimento ao plano de torná-los corretoras, é necessário ainda a autorização do BC.
“A BRA e a BS estão muito bem-posicionadas em um nicho de mercado promisso, que é o atendimento ao cliente mais focado em renda variável, principalmente quando olhamos mercados mais desenvolvidos e que servem de referência ao Brasil.”
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disse o sócio-diretor da XP Inc, Guilherme Sant’Anna, em nota.
Ademais, vale destacar que a aquisição da XP é estratégica, visto a movimentação de seus pares. Isto é, na semana passada, temos de lembrar que o Itaú Unibanco adquiriu a Ideal Corretora. Portanto, o banco começa a mostrar que se inclinará mais para os agentes autônomos. Ademais, destaca-se também as outras estratégias de expansão da XP. Afinal, há poucos dias a corretora adquiriu uma participação no Grupo Suno, de Tiago Reis.
Embora seja essencialmente uma casa de research, isto é, possui foco na pesquisa e análise de ações, a Suno vem expandindo seus negócios. Isto é, a companhia conta um portal de notícias, sites de dados e, mais recentemente, uma gestora de recursos. Portanto, a aquisição é muito estratégica do ponto de vista da XP.
“Estamos crescendo em outras áreas e enxergamos muita sinergia com a XP.”
disse Reis ao Brazil Journal.
