XP? Nubank? O melhor banco para 2024 é o Itaú

Um recente levantamento realizado pelo Santander Brasil com 30 gestores de ações, dos quais 80% estão localizados na Faria Lima e no Leblon, revelou preferências significativas no mercado financeiro brasileiro. Segundo o estudo, o Itaú emerge como o banco favorito entre os gestores de ações, com mais da metade dos investidores apontando a ação como a principal posição comprada no setor bancário.

Quando se trata de empresas do setor financeiro que não são bancos, a XP Inc. se destaca como a preferida. A pesquisa mostra que 58% dos investidores consideram o papel da XP a melhor ideia de investimento no setor, evidenciando a força e a confiança no potencial da empresa.

Por outro lado, as principais ideias de short (ou seja, apostas na queda das ações) são divididas entre Bradesco e Inter, cada um com 25%, seguidos de perto pelo Nubank, com 21%. Entre as empresas não-bancárias, a Stone se destaca como a principal posição vendida, com quase 30% dos gestores indicando a empresa como seu principal short.

Além disso, o levantamento destaca outras posições relevantes: 13% dos gestores têm o Bradesco e o BTG Pactual empatados como sua principal posição ‘long’ (aposta na valorização), seguidos por 8% para o Inter e 4% para o Banco do Brasil e o Nubank. No segmento não-bancário, a BB Seguridade aparece como a segunda posição mais comum após a XP, com 13%, seguida pela Cielo (8%) e B3 (4%).

Interessantemente, o Santander Brasil menciona que muitos clientes têm questionado sobre a viabilidade de uma estratégia de par long Itaú e short Bradesco. De acordo com Henrique Navarro, analista do Santander, existe um potencial de valorização maior para o Itaú em comparação ao Bradesco. Navarro aponta para um risco de queda no consenso de lucro para o Bradesco, enquanto vê um potencial de alta para os números do Itaú.

Em termos de valuation, o Itaú está sendo negociado com um desconto de 6% em relação ao Bradesco com base no P/L do próximo ano, com o Itaú a 7,7x e o Bradesco a 8,2x. Além disso, considerando o lucro antes dos impostos (EBT) dos dois bancos, o Itaú está sendo negociado a um desconto ainda maior, segundo as estimativas do analista.

O relatório também menciona que 87% dos investidores acreditam que o Itaú aumentará seu payout (porcentagem do lucro distribuída aos acionistas). Por outro lado, o Santander aponta um risco de queda para os volumes diários da B3 no próximo ano, contrariando o consenso do mercado.

Por fim, o estudo destaca a cautela dos investidores em relação ao Nubank. Apenas 16% dos gestores disseram estar dispostos a comprar ações do Nubank nos preços atuais, e a mesma porcentagem acredita que o banco pode atingir um ROE acima de 36%, um nível necessário, segundo o Santander, para justificar a avaliação atual da empresa.